sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

“Não pagamos”?

O vice-presidente da bancada socialista, Pedro Nuno Santos, defendeu que devíamos ameaçar os nossos credores de não pagar a dívida. Em primeiro lugar deve saudar-se o excepcional sentido de oportunidade destas declarações, poucos dias depois duma cimeira europeia em que foi decidido um controlo muito mais apertado das dívidas públicas. Será que este dirigente socialista está a defender que Portugal deveria seguir o Reino Unido e recusar o acordo da dita cimeira?

Depois ainda tivemos que ouvir mais esta pérola: “Pedro Nuno Santos lamentou hoje que Portugal não tenha um líder que ponha os interesses de Portugal em primeiro lugar, sublinhando que optará sempre pelo interesse dos portugueses em detrimento dos credores.”

Será que somos autorizados a depreender que um líder como Sócrates, que agravou brutalmente a dívida portuguesa e negociou um acordo duríssimo com a troika, defendeu os interesses de Portugal? A sério?

Pedro Nuno Santos “optará sempre pelo interesse dos portugueses em detrimento dos credores”. Ah, sim? De que modo? Fazendo gastos disparatados financiados com dívidas loucas, que depois “não pagamos!”?

Freitas do Amaral vem-se queixar de um complot europeu: "Alemanha e França querem expulsar-nos do euro". No entanto, se reparar bem não são esses países que nos querem expulsar do euro, são os seus colegas socialistas, pelo que fizeram no passado e pelo que gostariam de concretizar actualmente, que estão a fazer tudo mais um par de botas para sermos expulsos do euro.

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