segunda-feira, 8 de junho de 2009

Vitória surpresa

Contrariando sondagens e comentadores que, no máximo, davam uma vitória tangencial ao PSD, este partido conseguiu uma clara vitória sobre o PS, que caiu para níveis abaixo dos obtidos por Santana Lopes.

Com a tendência para o vira-casaquismo que caracteriza os portugueses, cheira-me que esta viragem continuará a esvaziar o barco do PS.

Mas estas eleições trouxeram também uma forte queda do bloco central e uma forte subida da esquerda “radical”, com mais de 21% dos votos, o que é um muito mau sinal.

Nos pequenos partidos, destacou-se o MEP, com 1,5% dos votos, insuficiente para eleger um deputado europeu. No entanto, a sua votação em Lisboa (2,3%) assegurar-lhe-ia a eleição de pelo menos um deputado na AR. O BE começou assim, mas tem “uma” ideologia de protesto, mais agregadora do que o MEP. Veremos, embora para já pareça uma força incapaz de ajudar à formação de uma maioria absoluta.

Finalmente uma palavra sobre os votos brancos e nulos, que subiram de 4,0% para 6,6%, um claro cartão amarelo a todo o sistema político. É curioso que, mesmo com o aparecimento de novos partidos, este voto de protesto tenha subido tanto.

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