domingo, 31 de agosto de 2008

Humor político

De Alberto Gonçalves no DN de hoje:

“[O agressor] só é criminoso se for de direita e [o agredido] só é vítima se se inclinar para a esquerda.”
http://dn.sapo.pt/2008/08/31/opiniao/dias_contados.html

sábado, 30 de agosto de 2008

Será possível?

Menezes considera-se um Ferrari, comparando Manuela Ferreira Leite a um Fiat 600 (Diário de Notícias de hoje, p. 13). O que é que os Gato Fedorento estão à espera para o contratar?

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Necrófago

Um dos maiores comediantes (involuntários) deste governo deu-lhe agora para o humor negro, tentando alimentar-se dos cadáveres do acidente aéreo em Madrid, para encher a pança de capital político.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Imperdível

Fabuloso humor do João Caetano Dias no Blasfémias:

Parabéns Nélson

Após o desespero de falta de medalhas e falta de classificações decentes, eis que ganhamos uma segunda medalha, desta feita de ouro, pelas pernas de Nélson Évora, que merece muitíssimos parabéns.

Já a notícia de que o presidente do COP reconsidera não se recandidatar, parece-me péssima. Quando as coisas estavam mal queria sair logo, sem esperar sequer pelo fim dos jogos e agora, mal luz um ouro, afinal já quer ficar. Pois agora, dispensamos, obrigadinho.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Parabéns Vanessa

Ao fim de uma embaraçosa série de derrotas e uma ainda mais embaraçosa série de desculpas esfarrapadas (com a notabilíssima excepção de Obikwelu), Portugal conquista finalmente uma medalha em Pequim. Parabéns a Vanessa Fernandes, pela prata.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Spin ridículo

A economia portuguesa manteve a taxa de crescimento homóloga do PIB entre o 1º e o 2º trimestre nos 0,9%, enquanto na zona do euro houve uma desaceleração de 2,1% para 1,5%, claramente acima do crescimento português. Ou seja, Portugal mantém a trajectória de divergência com a zona do euro. É verdade também que no 2º trimestre o crescimento na zona do euro foi negativo (-0,2%), o que acontece pela primeira vez desde o início do euro. Mas Portugal, só nos últimos 4 trimestres, já teve duas vezes crescimento negativo.

Face a estes valores, o nosso ministro das Finanças veio dizer, de acordo com o Diário Económico que “estes dados mostram que a Economia nacional está a resistir bem às condições adversas vindas do exterior e mostrando confiança de que Portugal irá continuar a ter um desempenho melhor do que os outros países europeus.”

http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/nacional/economia/pt/desarrollo/1155612.html

“Melhor”? Portugal está a divergir com a UE e a zona do euro, como é possível dizer que estamos a ter um desempenho “melhor”? “Continuar”? Mas “continuar” se ainda no 1º trimestre tivemos crescimento trimestral negativo e crescimento homólogo abaixo ao da zona do euro?

Bem pode o governo acenar com a queda do desemprego (uma variável muito desfasada), porque essa situação só pode reverter-se.

Falta de transparência

Uma das piores características dos governos portugueses (sim, não é só deste) é a falta de transparência, o sonegar de informação à oposição e ao país em geral. Infelizmente, para além da incompetência da oposição para exigir e ter eficácia em pedir esclarecimentos, há a demissão cívica que tolera este estado de coisas.

Vem isto a propósito de um estudo do IGCP, que serviu de base à alteração das condições dos Certificados de Aforro (CA). “Este estudo, do início de 2007, foi entregue recentemente a duas deputadas do PS, a seu pedido, tendo o Governo recusado sempre a sua divulgação pública.” Entretanto, o “DN teve acesso” a esse estudo.

http://dn.sapo.pt/2008/08/14/economia/crise_certificados_aforro_agravase_j.html

Que falta de respeito é esta em que os deputados da oposição não têm acesso a um estudo, mas um jornalista sim?

E porque é que o governo não revela este estudo? Mais, porque é que não é comum esta prática? Para exibir poder, única e exclusivamente. Este estudo deve ser uma actualização de vários estudos que o IGCP vem fazendo na última década sobre o tema. Em 2002, no Ministério das Finanças, um responsável do IGCP disse-me que cada vez que mudava o ministro, iam a correr fazer uma apresentação para reformar os CA. Ou seja, este tema está em cima da mesa há anos e anos e os estudos vão sendo sucessivamente apresentados aos diferentes ministros e governos, que os vinham recusando até aqui. O estudo não revela nada de inconfessável, que seja perigoso ser conhecido, é só mesmo uma cultura de abuso de poder.

Se eu fosse deputado exigiria que o governo divulgasse o estudo, não porque estivesse à espera de conhecer grandes novidades, mas por uma questão de princípio. Aliás, eu concordo genericamente com as alterações introduzidas nos CA, com a importante ressalva de que deveria ter sido introduzida uma muito nítida diferença de tratamento entre os grandes e os pequenos aforrados.

Quanto ao DN, emprenhou de ouvido e fala numa “crise” dos CA. “Crise”? O governo queria reduzir o peso dos CA na dívida pública, tomou medidas para que isso acontecesse e as medidas estão a produzir (e rapidamente) os resultados desejados. Como é que se pode falar em “crise”? Tomara que o governo tivesse tomado medidas equivalentes para melhorar a competitividade e estas medidas estivessem a ter efeito e rapidamente.

O DN repete ainda a asneira da Sefin de que o governo perde na frente fiscal porque o financiamento alternativo às OTs é vendido a estrangeiros, que não pagam imposto. Como já expliquei aqui, isso é falso, não há perda fiscal.

Santana recomenda

Que Manuela Ferreira Leite vá à festa do Pontal, onde não devem ir nem 10% do militantes do PSD. Mas, sobretudo, uma recomendação vinda do principal responsável por o PS ter conseguido a primeira maioria absoluta (e folgada) da sua história deve ser ouvida com a maior consideração.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Nova deterioração das expectativas

O Economist acaba de publicar o consenso de previsões sobre as principais economias mundiais, onde é de destacar uma deterioração das perspectivas para 2008 e 2009. Para além disso é de destacar o reforço da ideia de que 2009 será pior do que 2008, em termos de crescimento económico. No gráfico abaixo, pode ver-se que no início do ano se pensava que 2009 seria melhor do que o corrente ano mas, ao longo do ano, este optimismo tem-se vindo a desvanecer.

Outra ideia que este gráfico reforça é que a deterioração das perspectivas de crescimento está quase a fazer um ano, coincidindo praticamente com o detonar da crise do subprime. Como é que o governo português pode dizer que foi apanhado de surpresa há poucos meses, quando este processo dura há tanto tempo?
Adenda
Oops... estou estúpido e não consegui importar gráfico que fiz no Excel...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Este país existe?

“A aplicação informática dos TAF não existe nos tribunais superiores para as áreas administrativa e tributária. Por isso, a máquina emperra. Se assim não fosse, acredita Alfredo Madureira, muita pendência seria evitada.

“Se um processo for, como vai, para o tribunal central, a secretaria é obrigada a imprimir, a numerar e a rubricar volumes de papel com milhares de páginas. É como voltar à idade da pedra”, refere em entrevista ao Negócios o juiz-presidente do TAF de Sintra.”

http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=327004